sexta-feira, 14 de junho de 2013

pés na areia, olhos no céu.

Tudo retorna para o ponto de partida. A minha escrita depende das minhas desilusões e da minha dor na alma, é a única maneira de conseguir escrever. Então parece que tenho sempre de optar, ou escolho a felicidade e não consigo expressar uma palavra, ou escolho as palavras e vivo com a dor no coração.
Parece que as minhas palavras dependiam meramente dele, e até que ponto é que foi amor? Deixou de ser amor no momento em que eu passei a amar mais as nossas memórias do que ele próprio. Se ele nunca tivesse-se afastado por esta altura o sentimento era o mesmo. Volta tudo à um ano atrás, a mesma desilusão, a mesma estação, como eu odeio profundamente o meu verão.


quinta-feira, 16 de maio de 2013

à busca da palavra encantada.

E quando as palavras me faltam? é como se me faltasse o ar. A minha inspiração escorregou-me pelos dedos e tudo que a constituía foi com ela, e refiro-me a ti principalmente. Tu inspiravas-me, tu e esse sorriso com dentes perfeitos, com cabelo de cor de ouro e esses olhos azuis profundos. Como é que eu alguma vez te deixei escapar? Sempre que faço uma descrição tua, até parece que és perfeito, e estavas perto disso, os teus defeitos eram mínimos, mas eu gostava deles como um todo. Na verdade já se passou muito tempo desde que eu vi os teus olhos, e cada vez se transformam mais rapidamente em memórias. E se algum dia me perguntarem o que é que foste para mim? Tenho a certeza que me vai faltar o ar, as pernas vão tremer e as mãos vão-se entrelaçar uma na outra. Nem sei ao certo o que foste para mim, mas foste bem especial.