• Old days.


16 de Junho de 2012
Ninguém sente tanta saudade dele como eu sinto, especialmente hoje, quinze anos a crescer, e ele sem saber que dois deles foi a amá-lo. Como eu sinto a sua falta, o seu sorriso, os seus olhos, um bocadinho de tudo na realidade. Mas o que sinto mais é das noites passadas com eles, aquelas que eu nem dormia só para ficar sempre mais um bocadinho a corar e a sorrir para o ecrã do computador. Bons tempos, aqueles que eu ainda tinha um motivo bem forte para sorrir.


10 de Julho de 2012
Acho que lentamente o meu amor por ele desaparece, não sei porquê, nem sei como, mas tudo dele dentro de mim vai desaparecendo, pedacinho a pedacinho ele deixa de ser a única pessoa que valia a pena, e o mais estranho é que ele vai sendo apagado por cinco rapazes que eu não conheço de lado nenhum e que são famosos. Eles aparecem nas minhas histórias quando invento, aparecem nos meus sonhos, aparecem nas minhas fantasias e fazem o meu dia. Eu não os conheço pessoalmente, mas parece que os conheço desde sempre o que pode ser estranho para uns, mas só quem partilha o mesmo amor por eles é que sabe o que é esse sentimento. E é a eles que eu devo agradecer, porque é assim que eu vou perdendo a dor toda que tinha no início. Afinal as feridas do coração cura.


11 de Julho de 2012
Tenho saudades de quanto te amava por completo, de quando o meu coração sempre que te via dava um pulo, de quando tu eras mesmo importante. Hoje é estranho, parece que estou apaixonada por um fantasma, ou nem isso. Se eu te voltasse a ver eu garanto-te que não sei como iria correr, eu só sei que se o meu coração tivesse o mesmo batimento que tem quando te via eu sairia do sítio naquele momento. Sabes eu acho que preferia quando te amava, mesmo estando destroçada, eu sabia que a dor era real. Agora não sei mesmo, agora tudo parece ir dar a pessoas que eu nunca vi na vida. E se aparecesses nos meus sonhos esta noite eu iria ficar muito feliz, mesmo que fosse um pesadelo.


17 de Julho de 2012
Estava sentada na toalha, com o sol a bater-me nas pernas, o primeiro sol deste ano que bateu realmente quente na minha pele. Sabia bem, lembrava-me das coisas naturais da minha vida, e pensava sobretudo no bem-estar que eu tinha naquele pequeno momento. Esses momentos são intensos para mim, tornam-se inesquecíveis só por serem pequenas curtas metragens do verão. Cada vez amo mais estes dias passados na praia com os amigos, sempre foi um sonho de pequena encontrar grande amigos para passar assim as minhas tarde de verão. Admito que nunca foram estes tipos de amigos que eu tinha em mente, mas estes chegam perfeitamente para completar o espaço de desejo que eu tinha.


25 de Julho de 2012
Não estou mal, de facto estou óptima. Será o verão a causa disto tudo? Será a distância? Quem sabe? Eu não. Gostaria de dizer que estou apaixonada, mas não estou, na realidade tudo o que estou agora é grata por não ter aquele amor incontrolável no coração. Não estou fria, não estou triste, não estou amarga, não estou distante, não estou iludida e sobretudo não estou mais magoada. Parece que no final ele tinha mesmo razão, o tempo cura tudo. Bem dito foram essas palavras, agradeço-as a ele desde a primeira vez que apareceram numa conversa. Hoje posso-o considerar o meu primeiro grande amor.  E que seja assim, enquanto o meu coração bater, poucos destes vou encontrar, e não é mau de todo, é a probabilidade de não ficar magoada tantas vezes.


4 de Agosto de 2012
Onde foi aquele amor incontrolável que eu tinha por ele? fugiu não fugiu? eu sei que sim. Para onde é que foi? eu que amava com todo o carinho com medo de o perder, acabei por o perder, assim como te perdi a ti meu amor. Somos o que somos, fantasmas com memórias, memórias que tu nem te deves lembrar, já que partiste demasiado cedo e nem sequer quiseste saber mais de mim. No dia que te partiste eu aceitei com imensa dor, e depois de me habituar aconteceu uma coisa inesperada, eu ganhei amor a outra pessoa, e o pior é que, gostar dela é bem pior do que amar-te. Há um tempo vi umas fotos tuas, posso disser que pelo aquilo que tu és, nós nunca poderíamos ficar juntos. Resumindo, tu eras e ainda és uma brasa, na minha opinião, e eu não faço parte do teu mundo. Se nós fossemos imortais eu contar-te-ia a verdade, desde que fossemos apenas nós imortais e nada mais do que nós.


26 de Outubro de 2012
E tudo no meu mundo voltou mais uma vez a alterar-se. Voltei-me a apaixonar, e mais uma vez atrás disso veio as consequências. Apaixonei-me rapidamente, como sempre, e foram os jeitos dele que me fizeram quase automaticamente sentir o coração a bater mais rápido outra vez. O problema desta vez é que estou a vê-lo a apaixonar-se por outra pessoa de todas pessoas no mundo ele está-se a apaixonar por aquela que não se devia apaixonar de todo. Pior do que a pessoa pela qual ele se está a apaixonar só mesmo vê-lo de coração partido, e mesmo assim que venha a morte e escolha o pior.


07 de Novembro de 2012
Inferno negro. É o nome que dei a esta fase que está a acontecer agora na minha vida. Mais uma vez tudo se resume à miséria do meu interior. Quando eu pensava que não iria haver fase mais negra do que aquela que estava a passar do nada apareceu esta e destruiu toda a muralha e pontes que demorei a construir depois do meu último grande deslizamento de terra. Se calhar é isso que vai acontecer para o resto da minha vida, uma construção e logo depois uma destruição maciça.


09 de Dezembro de 2012
As coisas pioram com o tempo. Eles estão mais próximos um do outro, e a dúvida de ele gostar dela já deixou de ser dúvida há muito tempo. Sinto-me miserável, sinto-me revoltada, sinto-me trocada, sinto-me esquecida, mas acima de tudo sinto-me magoada. Ele disse que eu não o conhecia, mas no final era igual a todos os outros. Até quando é que eu vou gostar dele? eu não vou aguentar o coração partido para sempre.


12 de Maio de 2013
O mundo dá-nos grandes voltas, e nós temos de aprender a acompanhá-las. Não posso dizer que estou bem ou mal, só sei que tenho o coração coberto de fita-cola e os seus olhos fazem as minhas pernas tremer. Sempre ouvi falar em borboletas no estômago, nunca em arrepios na alma. Se calhar a nossa amizade está a melhorar lentamente, mas só o tempo dirá se é verdade ou não o que se está a passar.


08 de Abril de 2014
A ironia da vida persegue-me. Lembro-me de como queria uma melhor amiga mais do que um grande amor, e com o passar dos anos passei a querer um melhor amigo do que uma melhor amiga, e quando ele chegou, pensava que ele ia ser o tal, enganei-me redondamente. Então fiquei quieta, tranquei o coração, construí muros, fechei as pontes e deixei-me andar, e depois apareceu uma das melhores pessoas que me podia ter aparecido. Apareceu o rapaz que se tornou o meu melhor amigo, uma das pessoas que eu sem saber baixei a guarda e deixei entrar. Dou-me bem com ele, é tudo o que eu poderia querer como pessoa a meu lado a me proteger. Nunca esperei encontrar alguém assim, e agora tenho-o do meu lado, ter um melhor amigo é a melhor sensação do mundo, ter alguém a proteger-me, e é a pior sensação do mundo ao mesmo tempo, perder alguém de que gostamos tanto.